Blindagem em elétricos de luxo é diferente das outras? Confira

12 de novembro de 2024

Especialistas do segmento indicam as diferenças na blindagem veicular de elétricos de luxo e por que se blinda tanto no Brasil

Conforme noticiou o Jornal do Carro, a marca chinesa BYD conquistou um importante marco. No fim de setembro chegou aos 50 mil veículos eletrificados vendidos no Brasil. Isso demonstra um rápido crescimento nas vendas dos eletrificados em território nacional. No segmento premium, o País também não fica de fora e comercializa diversas marcas. Além da BYD, circulam modelos da BWM, AudiPorsche, Volvo e outros.

 

Parte considerável dos consumidores destes modelos opta por blindar o automóvel após a compra. Não à toa, o Brasil tem a maior frota de veículos blindados no planeta. Só no primeiro semestre deste ano, por exemplo, mais de 20 mil carros passaram pelo processo de blindagem. Nesse sentido, a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) estima que o procedimento ultrapasse a quantidade realizada em 2023, ano no qual 29.296 veículos foram blindados

 

Sejam populares, comerciais leves ou de luxo, praticamente qualquer modelo de veículo pode passar pelo procedimento. Mas há diferença entre os tipos de blindagem? O JC conversou com especialistas para entender o tema. Entre eles, o presidente da Abrablin, Marcelo Silva, Fábio Rovedo, diretor de desenvolvimento de negócios na Concept Blindagens e Guido Muzio Candido, engenheiro doutorando em engenharia mecânica e professor do Programa de Educação Continuada na Escola Politécnica da USP.

 

O que muda na blindagem de um elétrico de luxo

A blindagem de um carro eletrificado do segmento premium não é tão diferente das demais. Na verdade, os materiais usados para blindar um carro são quase sempre os mesmos. Isto é: aramida, aço balístico, polietileno de alta performance e fibras sintéticas. O que muda no processo é o tempo de blindagem. Isso porque, os eletrificados em geral tem maiores níveis de tecnologia embarcada. Assim, exigirá maior atenção do blindador aos detalhes do veículo para que não prejudique o sistema do carro.

 

Um veículo popular, por exemplo, leva cerca de 20 a 45 dias para ser blindado. Já um eletrificado exigirá o dobro de tempo devido a maior complexidade apresentada. Aliás, pressa não combina com blindagem, conforme explicou o professor Guido Muzio. Problemas relacionados à segurança do motorista e passageiros, como o não acionamento dos airbags, por exemplo, pode acontecer em uma blindagem feita sem atenção aos detalhes.

 

“Você está lidando com vidas ao mexer na originalidade do carro. O carro por conceito não foi feito para ser blindado, então quando você coloca coisas que não foram projetadas para aquilo, você pode estar comprometendo o carro ou a própria blindagem”, afirmou Muzio, ressaltando que a atenção aos detalhes é essencial para a segurança do motorista e do próprio blindador. Para ele, é necessário que as empresas trabalhem de maneira simultânea os critérios automotivos e balísticos da blindagem.

Justamente devido a maior quantidade de tempo que se deve empregar no processo, blindar um modelo de luxo pode ser um pouco mais caro. “Com certeza uma boa blindadora, com um carro um pouco mais sofisticado, que tenha um pouco mais de tecnologia embarcada vai dar um pouco mais de trabalho e, consequentemente, talvez pesar um pouquinho no preço final”, disse Marcelo Silva da Abrablin.

 

A blindagem pode afetar a autonomia do veículo?

Muito se pergunta sobre de que maneira o processo de blindagem pode impactar na autonomia de um veículo. No caso dos elétricos de luxo, por exemplo, é possível haver dúvidas com relação aos impactos na bateria do automóvel e também em sistemas tecnológicos, como o sistema de recuperação de energia de frenagem. De acordo com o professor Guido Muzio, se a blindagem seguir os padrões e protocolos de segurança necessários a autonomia não sofre impacto. Isso porque a blindagem acontece no habitáculo do veículo, isto é, região que abriga motoristas e passageiros.

 

O pacote de baterias, por exemplo, fica abaixo do assoalho, ou seja, do lado externo, fora do alcance da blindagem. Contudo, conforme ressalta Muzio, é necessário que haja a proteção tanto dos operadores do processo quanto do chão da oficina para evitar problemas no manuseio do dispositivo. “Os materiais aplicados precisam também ter distância dos pontos de contato da bateria para evitar um possível curto-circuito”, disse. Segundo ele, os problemas que podem ocorrer, então, estão relacionados aos polos de conexão da bateria. Por isso, o veículo precisa ser desenergizado antes da blindagem para evitar esse tipo de transtorno.


O veículo, sim, ficará mais pesado, conforme explicou o professor, como se o motorista sempre estivesse carregando alguns passageiros. “Ao adicionar o material de blindagem, é como colocar em média duas pessoas ou um pouco mais se for um SUV. Então, em termos de frenagem esses sistemas não são alterados”. O ganho de massa, entretanto, pode fazer com que a suspensão do veículo tenha de passar por uma adaptação para que o automóvel continue circulando normalmente ,apesar do aumento de peso que a blindagem proporciona.

 

Passo a passo da blindagem

Importante ressaltar que o processo de blindagem segue regras estipuladas pelo Exército, onde se mantém um cadastro dos donos de veículo com esse tipo de proteção. O primeiro passo, então, é a análise do veículo. A avaliação serve para entender os pontos vulneráveis e identificar os componentes que passarão pela blindagem – de maneira geral, carroceria, vidros, maçanetas e fechaduras, além das colunas e lanternas, rodas e pneus. A análise leva em conta a estrutura veicular e os sistemas elétricos, como as baterias e motores.

 

Após analisado, o carro passa por uma desmontagem das partes internas. Bancos, forros e acabamentos são retirados para facilitar a aplicação dos materiais de balísticos. São eles, principalmente, painéis de aço e fibra aramida. Além da aplicação de outros materiais leves e resistentes a balas. A instalação não deve prejudicar a integridade estrutural do carro.

Após isso, ocorre a substituição dos vidros por versões à prova de balas. Os modelos tem camadas de vidro e policarbonato.


Para além da instalação dos materiais, há uma proteção das áreas sensíveis em componentes como a bateria e cabos de alta voltagem. Eles recebem uma proteção especial, com materiais balísticos que não interferem nos circuitos elétricos.

Por fim, as peças são reinstaladas e o carro é ajustado para compensar o aumento de peso recebido após a blindagem. Isso inclui ajustes de suspensão e freios, se necessário. O carro, então, passa por testes para garantir que os sistemas elétricos, como o motor, bateria e sistemas de assistência, estejam funcionando corretamente após o processo.

 

“O ponto mais importante de todo esse processo é a segurança de quem manuseia. Isto é, o treinamento e os EPIs, equipamentos de proteção que são também específicos para esse segmento, além de sistemas de resgate como o gancho, necessário em alguns casos”, sublinhou Rovedo, destacando a diminuição dos riscos quando se adota um protocolo adequado de segurança.

 

Por que se blinda tanto no Brasil?

A sensação de insegurança, dados de roubos e violência tem relação direta com a alta procura por blindagem no País. Embora o estado de São Paulo tenha conseguido diminuir o índice de roubos de veículos – entre janeiro e julho houve 17.644 notificações, ante à 24.223 no mesmo período de 2023 -, a situação ainda é preocupante. Isso porque, embora menores, os dados indicam registro de cerca de 181 roubos ou furtos de automóveis por dia no estado.

 

 De acordo com estimativa do Detran-SP, só na capital do estado há 116 mil blindados. Na sequência, está o Rio de Janeiro, que só no primeiro semestre deste ano blindou 1.463 veículos, 80% do total blindado no ano anterior (1.463). O estado também registra números alarmantes de violência. Nos primeiros oito meses do ano, por exemplo, a Polícia Civil registrou 13.073 roubos de veículos, com quase 60% dos casos registrados na capital.



O mercado de blindagens tem maior foco em famílias ricas ou de classe média alta, com renda mensal a partir de R$ 30 mil. Isso porque os preços para blindar um veículo podem variar entre R$ 80 a R$ 140 mil, o que volta o mercado para pessoas pertencentes a classes mais abastadas.

 

 

FONTE: Jornaldocarro.estadao.com.br

 

24 de abril de 2025
A blindagem de carro se tornou uma necessidade para muitos motoristas no Brasil, especialmente em tempos de crescente preocupação com a segurança. Essa proteção não é apenas um recurso, mas uma resposta a um contexto onde a integridade pessoal e dos ocupantes é prioridade. Neste post, vamos explorar os diferentes tipos de blindagem oferecidos, sua importância e como escolher a melhor opção de acordo com suas necessidades. Com o aumento de incidentes de violência, a blindagem tem se popularizado, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como funciona esse processo e quais são os benefícios reais. Você vai aprender sobre as opções de blindagem disponíveis e como cada uma delas pode proteger seu veículo de ameaças externas. Saiba como essa tecnologia pode trazer mais segurança e tranquilidade no seu dia a dia, além de assegurar que seu carro esteja preparado para enfrentar imprevistos. O que é Blindagem de Carro? A blindagem de carro é um processo de proteção que se aplica a veículos, criando uma barreira contra ameaças externas, como tiros e impactos. Essa tecnologia é especialmente procurada por pessoas que desejam aumentar sua segurança e a de seus passageiros, proporcionando tranquilidade em situações de risco. Mas como exatamente funciona a blindagem e quais são seus principais componentes? Níveis de Blindagem Quando se trata de blindagem de carro , entender os diferentes níveis de proteção é fundamental para fazer uma escolha informada. Cada nível é projetado para responder a ameaças específicas, oferecendo segurança de acordo com as necessidades individuais. Aqui, detalhamos os principais níveis de blindagem disponíveis e suas características. Nível I-A O Nível I-A é o mais básico de blindagem e é principalmente projetado para proteger contra armas de fogo de baixo calibre, como pistolas comuns. Ele é indicado para pessoas que podem estar em áreas de risco moderado e que desejam um nível de segurança sem grandes intervenções no veículo. Esse tipo de blindagem é mais leve e menos custoso, tornando-o uma opção popular entre motoristas que buscam um primeiro passo em direção à segurança. Essencialmente, essa blindagem é uma boa escolha para profissionais que necessitam de algumas medidas de proteção, mas cuja exposição a situações de violência não é extremamente alta. Entre os usuários típicos estão empresários que realizam viagens em áreas urbanas e pessoas que desejam um certo grau de conforto e segurança sem se comprometerem totalmente com um veículo blindado. Nível III-A O Nível III-A oferece uma proteção mais robusta, capaz de resistir a armas de fogo de médio calibre, como revólveres .44 Magnum e pistolas .45 ACP. Suas características incluem a utilização de materiais avançados, aumentando a resistência do veículo sem comprometer muito seu peso ou design. Um exemplo claro de uso desse nível de blindagem são os veículos de executivos e personalidades públicas que precisam transitar em ambientes urbanos e que, porventura, possam ser alvo de ameaças. A blindagem III-A é um compromisso eficaz entre segurança e estética, permitindo que os motoristas mantenham uma certa discrição enquanto viajam com uma proteção sólida. Este tipo de blindagem é indicado para aqueles que enfrentam riscos moderados, mas que ainda assim precisam de um nível de segurança mais adequado. Níveis IV e V Os Níveis IV e V de blindagem representam a proteção mais alta, sendo projetados para resistir a disparos de armas de fogo de alto poder, como fuzis e armamentos militares. o Nível IV : É especialmente indicado para forças de segurança e militares, pois pode suportar disparos de rifles de alta potência. Essa blindagem é ideal para situações extremas, onde há um risco elevado de ataques armados. o Nível V : Este nível é ainda mais sofisticado e destina-se a ambientes de combate. Ele protege contra armamentos fuzil e outras ameaças graves. A razão pela qual esses níveis de blindagem não são permitidos para civis está ligada à segurança pública e à legislação. Armamentos que podem ser usados contra um veículo blindado de Nível IV ou V são considerados de uso militar, e sua disponibilização ao público em geral poderia criar um ambiente de risco elevado. Portanto, a blindagem destes níveis é restrita a situações controladas, como operações policiais e militares. Assim, ao considerar uma blindagem de carro, é crucial avaliar seu estilo de vida e os riscos que você enfrenta. Uma escolha bem informada pode fazer toda a diferença na sua segurança e na de seus passageiros. Para entender melhor o que é blindagem. Materiais Utilizados A blindagem é feita com diversos materiais que garantem a segurança do veículo. Os mais usados incluem: o Aço : Fornece uma estrutura robusta e durável. o Aramida : Um material leve, mas com alta resistência, frequentemente utilizado em coletes à prova de balas. o Vidro Balístico : Substitui o vidro comum, garantindo proteção contra impactos diretos. Esses materiais não apenas protegem contra balas, mas também oferecem resistência a explosões em alguns casos. Vantagens da Blindagem A blindagem de carro oferece vários benefícios, como: o Segurança Aumentada : Proporciona proteção efetiva contra ataques. o Tranquilidade : Motoristas e passageiros sentem-se mais seguros ao conduzir. o Valorização do Veículo : Carros blindados muitas vezes mantêm seu valor de revenda devido à alta demanda. Considerações Finais Antes de optar pela blindagem, é importante avaliar suas necessidades individuais. A segurança do veículo pode ser um fator determinante na escolha da blindagem ideal. A blindagem de carro não é apenas uma questão de segurança; é uma decisão que pode impactar sua vida cotidiana. Ao investir em proteção, você está optando por um estilo de vida mais seguro e consciente. FONTE : VERIFICARAUTO
22 de abril de 2025
O mercado de blindagem automotiva no Brasil vive um de seus melhores momentos, com crescimento contínuo e recorde de produção. A alta na procura, no entanto, começa a gerar pressão sobre a cadeia produtiva, especialmente na oferta de vidros blindados — item essencial e sensível no processo de blindagem. Com isso, a demanda crescente tem exigido das empresas mais planejamento e expansão da capacidade industrial, sem comprometer a qualidade do serviço. Está faltando vidro? Segundo o presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), Marcelo Silva, a indústria está reagindo com soluções estruturais para aumentar o fornecimento dos insumos. "É um material técnico, com riscos de trincas e quebras na manipulação e transporte. Por isso, vemos empresas apostando na verticalização, criando suas próprias fábricas de vidros e mantas balísticas para garantir o ritmo da produção", afirma. Em 2024, o setor alcançou o recorde de 34 mil veículos blindados produzidos, e já movimenta uma frota circulante de cerca de 400 mil veículos seminovos blindados. A cadeia produtiva emprega hoje aproximadamente 120 mil pessoas, somando empregos diretos e indiretos. Para atender à demanda crescente, algumas empresas do setor têm operado até em três turnos, ajustando sua capacidade de produção conforme o ritmo do mercado. "Como o serviço é feito sob encomenda, o consumidor que decide trocar de carro também encomenda a blindagem. Em períodos de maior procura, os prazos — que normalmente giram em torno de 25 dias corridos — tendem a se alongar um pouco mais", explica Silva. Apesar da ideia comum de que blindagem está ligada à violência urbana, os dados mostram um novo perfil de consumidor. Mesmo com a queda nos índices de criminalidade, especialmente em São Paulo (que concentra 85% do mercado) a procura continua em alta. "Hoje, a blindagem é associada também à confiança, conforto e valorização do veículo", pondera o executivo. Silva acrescenta que, no entanto, o segmento de blindados é um setor volátil, sujeito a fatores externos como políticas econômicas internacionais. FONTE : UOL IMAGEM : Jales Valquer /Fotoarena/Folhapress
17 de abril de 2025
O Brasil registrou um novo recorde no setor de blindagem automotiva em 2024, com 34.402 veículos blindados, de acordo com a Associação Brasileira de Blindagem ( Abrablin ). Esse número representa um crescimento de 17,5% em relação ao ano anterior e marca o quarto ano consecutivo de aumento nas blindagens. Em 2021, foram pouco mais de 20 mil carros blindados, e em 2023, o número chegou a 29.296 unidades. Segundo Marcelo Silva, presidente da Abrablin, um dos fatores que contribuem para o crescimento do setor são os avanços na tecnologia de proteção balística, tornando a blindagem mais acessível. Além disso, a agilidade na homologação de produtos balísticos e as certificações de qualidade, como o Selo IQA, também têm aumentado a confiança dos consumidores. As marcas que mais blindaram no país em 2024 foram Toyota, Jeep, BMW, Volkswagen e BYD, indicando uma tendência de consolidação dos veículos eletrificados na frota blindada nacional. A frota total de veículos blindados no Brasil atualmente se aproxima de 400 mil unidades. O estado de São Paulo lidera o ranking de blindagens, com quase 85% das blindagens registradas em 2024, totalizando 28.962 veículos. Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul completam a lista dos estados com maior número de veículos blindados. Exceto o estado do Rio Grande do Sul, todos os outros registraram aumento no número de blindagens em comparação com o ano anterior.  A região Nordeste tem se destacado como um mercado em expansão para a blindagem automotiva. Em 2024, o PIB da região cresceu 3,8%, superando a média nacional, liderado pelos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Esse crescimento econômico tem impulsionado a demanda por veículos blindados em estados como Ceará e Pernambuco, que aparecem frequentemente no ranking nacional de blindagem. Crescimento da blindagem automotiva no Brasil em 2024 Denis Valentin, diretor financeiro e operacional da Concept Be Safe, prevê um crescimento de 15% a 25% no número de veículos blindados em estados do Nordeste nos próximos anos, considerando fatores como o crescimento econômico e a maior percepção de insegurança em áreas urbanas. Atualmente, a blindagem de nível III-A, que suporta disparos de armas como Magnum 44 e pistola 9mm, é a mais aplicada no Brasil. Fonte: Alpha Autos Notícias
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