Transformar um carro em blindado não é simples e nem barato. Por isso, é preciso esclarecer algumas duvidas antes de solicitar esse serviço.
O carro blindado tem o intuito de aumentar a segurança do motorista e passageiros de um veículo, já que essa prática aumenta a resistência contra golpes ou disparos de projéteis, por exemplo.
Aos que têm interesse em blindar o automóvel e acreditam que o processo é simples, a chance de ter um ‘choque’ de realidade é grande. Pois antes de se iniciar o processo com uma empresa nesse tipo de serviço, é preciso passar por uma parte burocrática, como solicitar uma autorização ao Exército Brasileiro, por exemplo.
Primeiro Passo Como já citado, se você pretende blindar o seu veículo, é preciso solicitar uma autorização ao Exército. Com a permissão concedida e o documento em mãos, a blindadora pode iniciar o processo que, de simples, não tem nada. Diferentemente do que muitos pensam, a modificação não é feita apenas nos vidros e envolve também a carroceria, portas, teto e painéis.
Em alguns casos, durante o procedimento, os bancos, vidros e a lataria são desmontados para que os painéis balísticos sejam devidamente posicionados. O trabalho deve ser realizado em até 120 dias.
Os materiais balísticos aplicados consistem em aço, mantas de aramida e vidros especiais com policarbonato.
Manutenção diferenciada
Os materiais mais pesados reforçando a estrutura do veículo implicam, necessariamente, em uma manutenção diferenciada, quando comparada a de um carro comum. Algumas blindadoras recomendam não deixar o veículo exposto ao sol, evitar choque térmico e fazer a limpeza dos vidros sem usar produtos químicos ou abrasivos.
Consultada pelo AutoPapo a Carbon Blindados, empresa referência no segmento, afirmou que devido ao peso extra “é importante se atentar ao desgaste das peças, como pastilhas de freio, amortecedores e pneus. Adicionalmente o veículo blindado requer revisões específicas da blindagem, tais como: alinhamentos de portas e tampas, testes de ruído, infiltração de água, acabamentos e testes funcionais do carro.”
Caso o automóvel seja alvejado ou sofra algum acidente, a parte danificada não pode ser reparada e deve ser trocada por completo.
Segundo Paulo Luisada, chefe de operação da Carbon Blindados, “O mais comum no caso de acidente, é a instalação do material balístico da parte danificada após o veículo ser reparado (funilaria, etc). No caso do carro ser alvejado, o mais frequente é a troca do vidro, material mais atingido.”
O motorista pode ficar com o pé atrás na hora de blindar o seu carro novo com medo de perder a garantia do modelo.
E, de fato, essa invalidação pode acabar acontecendo, caso o proprietário opte pelo serviço de uma empresa que não é homologada ou certificada pela fabricante do seu automóvel.
Por isso, a recomendação de Luisada é que “os clientes sempre busquem blindadoras que sejam certificadas ou homologadas pelas respectivas montadoras para realizar o procedimento nos veículos”.
Essa questão da blindadora homologada ou certificada pela fabricante, inclusive, deve ser um critério levado em consideração na hora de escolher uma empresa para fazer o serviço da blindagem automotiva.
Afinal, elas conseguem realizar o trabalho mantendo a garantia original ao mesmo tempo que utilizam os materiais e testes balísticos e atendem a rigorosos padrões de segurança e qualidade das montadoras.
Geralmente, elas são capazes de criar projetos individuais para cada marca e modelo de veículo que também permite uma montagem e acabamento com menor interferência no projeto original dos carros.
Carro blindado tem queda no rendimento?
Além da garantia, esse é outro fator que preocupa bastante na hora de tomar a decisão. Afinal, o possante vai ficar ‘manco’ depois de todo o processo de fortificação da estrutura?
Apesar de o material de blindagem ter ficado mais leve com o tempo, ele continua com um peso considerável e isso torna inevitável a perda de performance. Além disso, existem diferentes materiais que podem ser utilizados no processo. O que, consequentemente, torna o trabalho mais ou menos pesado.
A presença do teto solar panorâmico – que parece não ter muita influência – pode representar um alto ganho de peso na execução do trabalho.
E na prática, quanto isso representa na perda de performance do automóvel? Isso depende fatores como a marca, o modelo, o motor e o material balístico escolhido.
FONTE: Autopapo.uol


