Dá para retirar blindagem de um carro? Mudança é cara e compromete veículo

12 de março de 2024

Blindar carros está cada vez mais comum nas cidades brasileiras.

Com isso, é natural que o número de veículos blindados também cresça no mercado de seminovos. É por isso que muita gente procura empresas que retiram a proteção dos carros

O interesse surge porque a periodicidade e o custo de manutenção são mais elevados em relação a um veículo original, especialmente depois de alguns anos de uso.


Risco à integridade do carro

A prática, porém, não é aconselhada por especialistas e nem pelas próprias blindadoras.

"Retirar a blindagem representa risco total ao comportamento do veículo, já que o carro recebeu soldas em reforços de novos materiais nas regiões dos anéis das portas e das colunas, além de reforços na suspensão. O custo é muito elevado e o carro fica totalmente desconfigurado. Praticamente não se faz isso", alerta o engenheiro Marco Colosio, mestre em materiais da SAE Brasil.

O discurso é endossado por Edson Barros, gerente de produção da BSS Blindagens.

"Quase todas as partes do veículo são modificadas no processo de blindagem. No caso dos vidros, os vãos das portas são alargados para que os vidros novos possam ser encaixados", afirma.

O especialista cita o exemplo de um BMW Série 5 que estava na oficina da BSS durante a visita de UOL Carros. Os vidros laterais do sedã tem uma espessura de 6 milímetros contra 18 milímetros dos vidros blindados.

As partes internas também são alteradas. O painel de instrumentos precisa ser cortado em alguns milímetros para que o para-brisa mais grosso possa ser encaixado com perfeição. O acabamento dos painéis das portas também é alterado antes de ser recolocado nas portas.


Custos elevados

O proprietário que "desblindar" seu veículo precisará comprar várias peças (internas e externas) para garantir um serviço bem executado.

Isso porque os vidros originais não podem ser encaixados nos vãos das portas, que foram "alargadas" para receber a blindagem. O mesmo acontece com os painéis de porta modificados, que não seriam encaixados adequadamente.

Sendo assim, o custo para realizar o próprio serviço de retirada da proteção somado ao preço de diversas peças novas torna a "desblindagem" um processo muito caro.

"Os gastos para fazer tudo isso são tão grandes que é melhor não adquirir um carro blindado usado se a intenção é retirar a proteção", conclui Edson.




Fonte Uol.com


22 de abril de 2025
O mercado de blindagem automotiva no Brasil vive um de seus melhores momentos, com crescimento contínuo e recorde de produção. A alta na procura, no entanto, começa a gerar pressão sobre a cadeia produtiva, especialmente na oferta de vidros blindados — item essencial e sensível no processo de blindagem. Com isso, a demanda crescente tem exigido das empresas mais planejamento e expansão da capacidade industrial, sem comprometer a qualidade do serviço. Está faltando vidro? Segundo o presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), Marcelo Silva, a indústria está reagindo com soluções estruturais para aumentar o fornecimento dos insumos. "É um material técnico, com riscos de trincas e quebras na manipulação e transporte. Por isso, vemos empresas apostando na verticalização, criando suas próprias fábricas de vidros e mantas balísticas para garantir o ritmo da produção", afirma. Em 2024, o setor alcançou o recorde de 34 mil veículos blindados produzidos, e já movimenta uma frota circulante de cerca de 400 mil veículos seminovos blindados. A cadeia produtiva emprega hoje aproximadamente 120 mil pessoas, somando empregos diretos e indiretos. Para atender à demanda crescente, algumas empresas do setor têm operado até em três turnos, ajustando sua capacidade de produção conforme o ritmo do mercado. "Como o serviço é feito sob encomenda, o consumidor que decide trocar de carro também encomenda a blindagem. Em períodos de maior procura, os prazos — que normalmente giram em torno de 25 dias corridos — tendem a se alongar um pouco mais", explica Silva. Apesar da ideia comum de que blindagem está ligada à violência urbana, os dados mostram um novo perfil de consumidor. Mesmo com a queda nos índices de criminalidade, especialmente em São Paulo (que concentra 85% do mercado) a procura continua em alta. "Hoje, a blindagem é associada também à confiança, conforto e valorização do veículo", pondera o executivo. Silva acrescenta que, no entanto, o segmento de blindados é um setor volátil, sujeito a fatores externos como políticas econômicas internacionais. FONTE : UOL IMAGEM : Jales Valquer /Fotoarena/Folhapress
17 de abril de 2025
O Brasil registrou um novo recorde no setor de blindagem automotiva em 2024, com 34.402 veículos blindados, de acordo com a Associação Brasileira de Blindagem ( Abrablin ). Esse número representa um crescimento de 17,5% em relação ao ano anterior e marca o quarto ano consecutivo de aumento nas blindagens. Em 2021, foram pouco mais de 20 mil carros blindados, e em 2023, o número chegou a 29.296 unidades. Segundo Marcelo Silva, presidente da Abrablin, um dos fatores que contribuem para o crescimento do setor são os avanços na tecnologia de proteção balística, tornando a blindagem mais acessível. Além disso, a agilidade na homologação de produtos balísticos e as certificações de qualidade, como o Selo IQA, também têm aumentado a confiança dos consumidores. As marcas que mais blindaram no país em 2024 foram Toyota, Jeep, BMW, Volkswagen e BYD, indicando uma tendência de consolidação dos veículos eletrificados na frota blindada nacional. A frota total de veículos blindados no Brasil atualmente se aproxima de 400 mil unidades. O estado de São Paulo lidera o ranking de blindagens, com quase 85% das blindagens registradas em 2024, totalizando 28.962 veículos. Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul completam a lista dos estados com maior número de veículos blindados. Exceto o estado do Rio Grande do Sul, todos os outros registraram aumento no número de blindagens em comparação com o ano anterior.  A região Nordeste tem se destacado como um mercado em expansão para a blindagem automotiva. Em 2024, o PIB da região cresceu 3,8%, superando a média nacional, liderado pelos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Esse crescimento econômico tem impulsionado a demanda por veículos blindados em estados como Ceará e Pernambuco, que aparecem frequentemente no ranking nacional de blindagem. Crescimento da blindagem automotiva no Brasil em 2024 Denis Valentin, diretor financeiro e operacional da Concept Be Safe, prevê um crescimento de 15% a 25% no número de veículos blindados em estados do Nordeste nos próximos anos, considerando fatores como o crescimento econômico e a maior percepção de insegurança em áreas urbanas. Atualmente, a blindagem de nível III-A, que suporta disparos de armas como Magnum 44 e pistola 9mm, é a mais aplicada no Brasil. Fonte: Alpha Autos Notícias
15 de abril de 2025
Motorista precisa redobrar a atenção quanto à temperatura dentro do carro e também com vidros e portas.
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