Veja alguns cuidados que você deve ter se optar comprar um modelo seminovo com proteção balística ao invés de um 0 km
A frota de carros equipados com blindagem no Brasil cresce a cada ano. O volume faz com que o país seja um dos que mais instala proteção balística nos automóveis. Há, portanto, muita oferta para quem procura um carro blindado usado.
O número de veículos com blindagem poderiam ser ainda maior se os custos de compra e manutenção de um modelo com esse tipo de proteção fossem mais acessíveis. Mas existem boas opções no mercado de usados para quem não pode bancar um carro zero quilômetro, mais a instalação da blindagem.
No entanto, é preciso se atentar a alguns detalhes antes de fechar negócio para não comprar um carro propenso a problemas e, consequentemente, arcar com prejuízos.
5 dicas para a compra de um carro blindado usado
1. Documentação não precisa mais de autorização do Exército
Antes de procurar por um blindado usado, é preciso ficar atento à documentação. Com a Lei 14.071/2020, em vigor desde o último dia 12, o processo ficou mais simples. Agora, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não exige mais o documento ou autorização para a realização de registro ou licenciamento. Além disso, a legislação excluiu a necessidade de autorização do Exército Brasileiro para a blindagem de veículos.
Entretanto, segue válida a exigência do Certificado de Segurança Veicular (CSV) e da inspeção, feita por órgão ou entidade de metrologia legal, para a emissão do Certificado de Registro de Veículo (CRV).
2. Verifique se o serviço foi feito por blindadora ativa
Esse detalhe é importante, pois a blindagem de muitos carros mais antigos em circulação foi feita por empresas que não estão mais em atividade. Isso pode trazer problemas em eventual necessidade de manutenção, como a troca de um vidro delaminado, por exemplo.
3. Veja se a blindagem está em boas condições
Faça uma inspeção no veículo, com atenção especial para o estado dos vidros, que podem apresentar a chamada delaminação, que é o desprendimento de uma ou mais camadas que compõem a peça, com formação de bolhas de ar. A delaminação não significa necessariamente que o vidro está comprometido, mas o ideal é que um especialista avalie a extensão do dano - capaz de prejudicar a proteção balística e a visibilidade do motorista.
Se um ou mais vidros estiverem em más condições, o indicado é substituí-los. Existem serviços de recuperação por autoclave, com valores mais acessíveis e que utilizam calor e vácuo. Porém, existe o risco de a peça trincar e ser condenada. Também verifique se os vidros estão bem encaixados nos trilhos das janelas.
4. Confira o estado dos acabamentos internos e da suspensão
Para receber a blindagem, o veículo precisa ser desmontado por dentro, de forma que a empresa instale a proteção balística sob a lataria. A proteção é feita predominantemente de manta de aramida, mas algumas partes da cabine recebem a aplicação de aço. Portanto, tenha atenção especial com os encaixes dos painéis das portas, painel e outros revestimentos, em busca de folgas e eventuais ruídos.
Verifique também a condição das suspensões, que são mais exigidas por conta do peso extra da blindagem. A proteção acrescenta, em média, entre 120 kg e 200 kg, de acordo com o modelo.
Um teste-drive pode ajudar a descobrir barulhos de peças de acabamento mal encaixadas e se componentes dos freios e da suspensão estão condenados.
5. Confira as garantias
As blindadoras, em geral, oferecem de três a cinco anos de garantia para o serviço de proteção balística, portanto, verifique se o blindado que você pretende adquirir ainda tem a cobertura. Além disso, por lei, o veículo usado adquirido de estabelecimento comercial, seja blindado ou não, deve ser vendido com garantia de 90 dias.
FONTE: WEBMOTORS
