O QUE MUDA NA BLINDAGEM DE UM CARRO ELÉTRICO?

13 de julho de 2023

Além do cuidado com o peso para não afetar a autonomia, é preciso se preocupar com a segurança dos funcionários


Você pode já ter se perguntado se é possível blindar um carro elétrico. E a resposta para essa pergunta, na verdade, é bem simples: sim. No entanto, existem algumas diferenças importantes na blindagem desse tipo de veículo que precisam ser levadas em conta.

Nelson Fernando da Silva, pós-graduado em Engenharia de Veículos Híbridos e Elétricos, detalha por que blindar um elétrico é muito diferente de blindar um carro a combustão.

O também sócio da NEO (consultoria especializada em veículos híbridos e elétricos e em automação veicular) confirma que a preocupação começa já com o peso da blindagem, que é mais leve para não afetar muito a autonomia. Segundo ele, algo em torno de 10%.

É exatamente por isso que materiais como o polietileno de alta performance, que pesa cerca de um terço do aço, podem ser usados nesse tipo de serviço.

Mas a preocupação maior é com a segurança dos funcionários. “Quando o veículo chega, o nível de carga das baterias é monitorado. Depois, vem o processo de desenergização do carro e dos módulos. Sempre aconselhamos que dois funcionários façam essa etapa, por segurança. Afinal, chegam a trabalhar com até 900 volts. E há cuidado com componentes químicos e sistemas autônomos, sensíveis a grandes alterações”, nota.

Sem citar valores, Nelson Fernando diz que os custos de blindagem de um elétrico são mais altos por uma série de cuidados extras, e porque o veículo passa mais tempo na blindadora. Para carros elétricos, o serviço pode levar quase o dobro do tempo: até 50 dias.

O empresário conta que as oficinas são diferentes, têm pisos especiais (inclusive tintas que descarregam a eletricidade estática acumulada no corpo das pessoas) e até patins para deslocar os veículos sem ter de ligá-los.

“É preciso ter facilidade de deslocamento em situações de emergência. Se a bateria de lítio de um elétrico colapsa e pega fogo, não há como apagar. Deve-se levá-lo a local seguro e cobri-lo para abafar as chamas até a chegada dos bombeiros. É preciso sempre ter extintores e técnicos preparados para agir nessas situações", explica.

"Os casos que vi foram causados por falha humana: quando carros estavam recarregando a bateria, ou a estrutura da oficina não era compatível com o carregador ou o carregador não era compatível com o carro”, diz Nelson.

Feita a blindagem, o carro volta a ser energizado e verifica-se com scanner se há fuga de energia. Se tudo estiver certo, é só remontá-lo. Ferramentas usadas em eletrificados são específicas, isoladas para até 1.000 volts, e atendem à Norma NR10.


Essas variáveis impactam o custo da blindagem. Alessandro Ericsson, CEO da Carbon Blindados, lembra que o preço depende do modelo do carro e das configurações escolhidas.



Fonte: Auto Esporte




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